Bogotá (Colômbia) - A caminhada brasileira rumo à Copa do Mundo de 2010 não será nada fácil. Prova disso foi a partida de estréia dos pentacampeões nas Eliminatórias Sul-americanas, neste domingo, diante da Colômbia, em Bogotá. Do alto dos 2.640 metros, não faltou ar aos brasileiros, mas futebol.
Pouco criativa, a seleção brasileira dependeu exclusivamente dos lampejos de Kaká e Ronaldinho. Como a dupla foi bem marcada e não contou com a ajuda de Robinho e Vagner Love, o empate sem gols acabou ficando de bom tamanho.
As duas equipes voltarão a campo pelas Eliminatórias no meio da semana. O Brasil irá encarar o Equador em seu retorno ao Maracanã depois de sete anos de ausência, na quarta, às 22 horas. No mesmo dia, só que um pouco mais cedo, às 18 horas, os colombianos irão a La Paz enfrentar a Bolívia.
Neste domingo, depois de 43 minutos de atraso causados pela chuva, os colombianos começaram o jogo em cima do Brasil e tiveram a primeira boa oportunidade logo aos dois minutos. Em cobrança ensaiada de falta cometida por Mineiro em Ferreira, Vélez tocou para o meia do Atlético-PR, que cruzou na área. Falcão se antecipou e tocou no canto, rente à trave esquerda.
Preocupado em não perder rapidamente o fôlego, o time brasileiro tocava a bola com morosidade e pouco criava. Na primeira vez em que chegou ao ataque, Gilberto invadiu a área e o zagueiro colombiano fez o corte, dando a impressão de pênalti, não marcado pelo árbitro Carlos Amarilla.
A resposta colombiana veio na mesma moeda, desta vez em um lance envolvendo Renteria e Gilberto, logo na seqüência. O lateral brasileiro deu o carrinho e fez o corte. O técnico José Luiz Pinto invadiu o campo para reclamar de pênalti e foi colocado para fora pelo árbitro paraguaio.
Depois dos dois lances polêmicos, o cenário continuou sem muitas alterações. Melhores no jogo, os colombianos tiveram grande oportunidade para abrir o placar depois que Vélez cruzou da esquerda e Renteria acertou linda cabeçada. O gol só não saiu graças a Júlio César, que fez defesa cinematográfica.
O talento brasileiro apareceu de maneira real somente aos 25 minutos. Depois de boa trama entre Maicon e Vagner Love, a bola sobrou para Ronaldinho Gaúcho, que deu um corte no marcador e bateu para o gol, mas acertou a rede pelo lado de fora.
Um pouco mais lúcido, o Brasil passou a fazer a bola andar mais rápido e criou a última boa chance antes do intervalo. Kaká foi para cima da defesa colombiana, livrou-se do adversário e chutou cruzado. Vagner Love dividiu com a zaga rival e por pouco não levou o Brasil em vantagem para os vestiários.
Sem quadrado e fechadinha: No início do segundo tempo, o novo “quadrado mágico”, agora formado por Love, Kaká, Gaúcho e Robinho, foi mantido, mas assim como o utilizado na Copa da Alemanha, não brilhou. Repetindo o expediente da etapa inicial, o time brasileiro demorou a engrenar e a Colômbia, novamente, tentou surpreender no início, partindo para cima e arriscando chutes de longa distância.
Passados 17 minutos, Dunga resolveu mexer no time e no quadrado, sacando Robinho, visivelmente fora de suas condições ideais, já que pouco treinou durante a semana na Granja Comary, para a entrada de Júlio Baptista.
O empate sem gols parecia agradar ao treinador brasileiro, tanto que, aos 24 minutos, Dunga sacou mais um atacante, Vagner Love, para colocar o volante Josué, desmontando definitivamente a segunda edição do quadrado mágico e trancando o time para trazer um ponto de volta ao país.
Dali até o fim da partida, o nível técnico do duelo seguiu abaixo do esperado e a Colômbia voltou a esboçar uma pressão em busca da vitória. Trancado e apostando nos contra-ataques, o Brasil, que ainda teve Afonso em campo no lugar de Kaká, mais destruiu do que construiu e não fez por merecer mais do que um chato 0 a 0.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
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