Estréia hoje o espetáculo "Alegria" do Cirque Du Soleil. Nossa reportagem visitou os bastidores do circo e viu como é a grande estrutura montada no Parque Villa-Lobos.
No elenco, está um palhaço paulistano. Ele começou trabalhando para crianças de rua, montou coreografias para o carnaval e há seis anos viaja com o circo considerado o melhor do mundo.
Poucas pessoas no mundo conseguem realizar um sonho de criança, o Marcos conseguiu. Só daí já renderia uma entrevista mas, além disso, ele conseguiu chegar no topo deste sonho.
“Nasci palhaço, como a minha bisavó sempre me chamava como apelido, o palhaço. É gratificante. Quando eu era criança eu pedia muito a Deus para que me desse o dom da arte. Eu acho que estou na profissão certa”, diz Marcos.
“O Alegria foi o primeiro show que eu vi em VHS e comentei com meus amigos. Eu fiquei assim em choque, fiquei imaginando como seria e comentei com os meus amigos que, um dia, eu iria trabalhar neste. Eles davam risada da minha cara falavam para eu parar de sonhar. Cuidado com o que você pede e diz, porque a língua tem mesmo força”, fala o palhaço.
“É engraçado, você entra em cena e olha as contorcionistas são da Mongólia. E os acrobatas? São canadenses, são americanos, franceses, argentinos, entendeu?”, completa ele. Estas 25 bandeiras representam as nacionalidades das pessoas que fazem parte da equipe do Cirque Du Soleil. Ao todo são 130 integrantes, entre eles, 55 artistas de todas as partes do mundo.
Em um breve passeio pelos bastidores do circo, encontramos os estrangeiros fazendo tarefas domésticas e descobrimos que esta estrutura inteira, que inclui cozinha e refeitório, foi trazida para o Brasil de navio e avião. Ao todo são 800 toneladas de equipamento. Na pequena vila montada no parque Villa-Lobos tem até uma escolinha para os filhos dos artistas.
“É um outro mundo. Cada um tem sua cultura e respeita o outro. Para a pessoa que pratica esta arte, o circo traz a compaixão, um dá a mão para o outro. Que é aquela viagem de trailer. Fura um pneu, pára e todos se ajudam. Hoje em dia fura pneu, ninguém pára pra socorrer. Eu tenho carro e estava indo do Rio para São Paulo. Eu tive problema como carro e encostei. Quem parou para me ajudar? Um rapaz de circo!”, ri Marcos.
Reportagem de Marina Araújo
Essa reportagem foi exibida no SPTV 1ª edição no dia 07/02/08
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
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